Gestão de pessoas não é o RH

Gestão de pessoas não é o RH

A área de gestão de pessoas passou e passa por constantes transformações tanto no cenário brasileiro como nas organizações internacionais.
É uma área que foi e é influenciada pelo movimento da administração, na qual naquele momento as empresas procuravam uma forma de melhorar suas políticas e práticas organizacionais. Cabe destacar alguns teóricos que foram de fundamental importância na transição do departamento de pessoal para o caminhar que verifica na atualidade a gestão de pessoas, tais como Henry Fayol que traz uma concepção mais funcionalista, no qual faz analogia da administração organizacional com anatomia. Um pensar nas estruturas funcionais subdividindo em áreas essenciais a empresa; Frederick Taylor com os princípios da administração científica, ele influenciou a gestão de pessoas considerando que toda estrutura da empresa condiciona a uma visão sistêmica, a qual estimulada por uma força de trabalho com especialização da mão-de-obra podia levar a eficiência. Destaca-se ainda a visão do desenvolvimento humano com o excelente trabalho de George Elton Mayo, o qual influenciou a gestão de pessoas a partir da sua experiência em Howtorne, despertando as relações informais no ambiente de trabalho.
Com esses expoentes da Administração, a gestão de recursos humanos percorreu um longo caminho de discussão, desmitificando o pensamento que as pessoas não são recursos ou insumos, algo sem valor, mas que são seres vivos com múltiplas habilidades que bem desenvolvidas trará significativo resultados à organização.
A partir de Taylor as coisas começaram a desenvolver com trações de mudanças. Em 1980, a gestão de pessoas começa assumir um papel estratégico com a absorção de novos conceitos de agregação de valor à organização. Essa agregação de valor era o pensar mais no sentido às pessoas. Contudo, ainda hoje as organizações a coisificar as pessoas, descartando-as, fazendo com que pense que são um nada. Que deve trabalhar conforme o estabelecido para o recebimento do seu salário mensal. O setor de gestão de pessoas, que é uma área para pensar às pessoas nas suas relações, expectativas e desenvolvimento no trabalho, trilhando alguns aspectos de perfis objetivos de recursos humanos.
A gestão de pessoas de hoje já não pode considerar seus liderados como meros recursos de que a organização pode dispor a seu bel-prazer. Precisam saber tratar as pessoas que impulsionam a empresa, como parceiros que transfere o seu valor, suas competências essenciais e que tem uma legitima expectativa que a organização lhe dará o retorno devido. É isso que algumas empresas vem fazendo, uma combinação de suas expectativas e das pessoas para que haja mais satisfação pelos profissionais em fazer parte daquela empresa e sentir que ela estar preocupada com seu desenvolvimento profissional.
Na tangente à área de recursos humanos, infelizmente, grande maioria da empresa no mundo utiliza a nomenclatura gestão de pessoas para indicar inovação, ficando as atividades restritas às rotinas trabalhistas, disciplinas e autoritários. Mesmo que algumas empresas ainda utilizam a nomenclatura de administração de recursos humanos, com o decorrer dos tempos estão surgindo vários adeptos a gestão de pessoas, tratando seus funcionários de colaboradores, parceiros de fato e incentivando sua participação nas decisões, liberdade para a realização de suas atividades. As empresas estão aos poucos sabendo utilizar o máximo de talento das pessoas com o intuito de obtenção de sinergia necessária para um desenvolvimento mútuo, que agregue valor à organização.
Então, pode-se afirmar que é sim gestão de pessoas e não RH, uma vez que estamos lidando com pessoas e não objetos que possam ser descartados a qualquer momento. Se a empresa quer alcançar a excelência organizacional e continuar nesse cenário competitivo deve tratar seu pessoal com mais responsabilidade e atenção, pois são eles que darão o resultado necessário que as empresas precisam urgir de forças a área que dar resultados e não área de RH que concerne tão somente a atividades de contratação e remuneração.
Segundo Gil (2001, p. 60), “gestão pessoas passa a assumir um papel de liderança para ajudar a alcançar a excelência organizacional necessário para enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a utilização das novas tecnologias e a gestão de capital intelectual”. Para tato, a relevância de se ter uma área de gestão de pessoas bem articulada e alinhada aos objetivos institucionais.
Nunca na face da administração precisou-se tanto de profissionais com envolvimento, comprometimento com os objetivos estratégicos e negociais do que nos tempos atuais. E esse será o grande desafio das empresas do presente e futuro. Por isso, que afirmo: observe a trajetória do passado, o que esta acontecendo no presente e fique atento aos sinais do futuro, pois o futuro da gestão de pessoas aguarda surpresas.

Adma. Daiana da Silva da Paixao
CRA-BA 24.143
Esp.em Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas
Representante do Conselho Regional de Administração Valença-Ba
Professora
(71)99926-0750
http://lattes.cnpq.br/2152833262104102
E-mail:dayanasantyles@hotmail.com


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carreira subjetiva e objetiva