LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL

Daiana da Silva da Paixão1

 

 

O caso em questão é peculiar nas organizações. É necessário discussões e ações assertivas. No Brasil, a liderança é recente. O que percebem-se nas empresas é uma ação simplificada do líder, o caracterizando apenas como um bom técnico.

O mundo vive uma extrema competição. Todavia, no Brasil, ainda existe um nível baixo da competitividade. O fator liderança na organização é de uma relevância para o bom andamento das decisões e que os funcionários venham desenvolver suas tarefas com mais envolvimento e comprometimento.

A organização em qeu Carlos trabalha está com um desafio grande, mas de considerada fácil solução. Muitas dos problemas internos é o fato de ainda persistirem um sistema autoritário e paternalista. Segundo Dutra (2017, p. 396)

Nesse contexto, de reserva de mercado e baixa competitividade, o perfil da liderança em nossas organizações foi, predominantemente, de conhecimento técnico para assumir posições gerenciais e de direção e empreendedorismo para iniciar e desenvolver negócios.  

Carlos foi um funcionário que exercia de vigilante de cosmético e que foi promovido, devido seu alto desempenho naquela função e empresa deu este reconhecimento. Tendo assim, grandes expectativas em relação a Carlos.

No decorrer do percurso, Carlos vem enfrentando alguns problemas como: equipe desmotivada, tensão e insegurança, falta de tempo para reunir com a equipe, pouco tempo como gerente. Com tudo isso Carlos está sofrendo pressão da cúpula da organização e, como consequência tem um esgotamento física e mental, por questão de querer alcançar as metas e expectativas da empresa, levando trabalho para casa, tomando toda responsabilidade para si, não deliberando as tarefas.

Neste ínterim da questão de Carlos do seu processo de promoção ao novo cargo percebe-se que ele não teve um treinamento específico para função que iria desenvolver. Com isso, percebe-se lacuna na sua atuação na liderança, gerando uma inquietação aos seus liderados.

É perceptível que vive-se movimento nos espaços organizacionais que cada vez mais querem super-pessoas, questão que angustiam várias pessoas. Isso porque, o ambiente exigente se materializa de liderar cada vez mais bem preparados, tanto em formação, informação e que saiba lidar com pressões advindas de todas as fronteiras organizacionais. Com isso, terá que conciliar interesses conflitantes. Dutra (2017, p. 397) destaca “[...] em assumir cada vez mais riscos profissionais e pessoais e maior desgaste emocional na orientação de pessoas e na delegação de decisões em situações de incertezas e ambigüidades.”

A motivação da equipe necessita de um líder transformacional. Um líder com visão futurista, que eleva sua equipe com a criação de condições objetivas que aumenta a autoestima e senso de realização. Para Carlos sanar alguns dos problemas, ele precisa de um diferencial em sua atuação como: comunicação, delegação e sustentação de relacionamento.

É notável nas organizações ter formação de gerentes em quantidade, mas em qualidade é o caminho. As empresas precisam de mais empresariamento e menos gerenciamento. É necessário ter líderes em quantidade e, principalmente, em qualidade, que esteja em todos os setores organizacionais. As empresas precisam de fábrica de líderes, conforme destaca Souza (2012, p. 133).

Os tipos de liderança necessitam desenvolver numa visão sistêmica que possibilite compreender as áreas de necessidade de duração da empresa. De todos os tipos de liderança como: carismática, situacional, servidora, transformacional, coaching, transacional, formal etc. têm um papel fundamental na empresa. Entretanto, a liderança transformacional. Segundo Burns (1978) motiva, estimula e cria condições que favorecem o engajamento e comprometimentos das pessoas na organização. O líder precisa ter em mente que ele representa os interesses e necessidades de sua equipe na chamada arena política.

A questão de Carlos na organização é um aprendizado e consciência. Ele é um diferencial. Depois de todos os impasses percebeu da importância do seu desenvolvimento com habilidades e técnicas mais estratégicas e táticas para agir com sua equipe.

As pessoas já têm um aparato de habilidades, o que precisam é aprimorá-las através de um bom treinamento para um fim, ou como Carlos almeja com trabalho de orientação profissional, tais como coaching, counseling ou mentoring. O mentoring ferramenta definida como participação de uma pessoa experiente para ensinar e preparar ou pessoa com conhecimento em determinada área, conforme CHIAVENATO (2002).

Assim, Carlos com querer aprender, e percebendo suas falhas no processo de liderança, pode municiar de informações e ter uma visão multidimensionável, uma liderança transacional e transformacional, sendo esta que sobressai dos demais estilos, em razão de satisfação da equipe e os resultados são mais efetivas. Para Dutra (2017, p. 406) “o desenvolvimento ou aprimoramento das habilidades políticas será de uma preocupação crescente na formação de futuros gestores”

 

Referência

CHIAVENATO, Idalberto. Construção de talentos: coaching & mentoring.  –Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: realidade atual e desafios futuros. – São Paulo: Atlas, 2017.

SOUZA, César. A Neoempresa: o futuro da sua carreira e dos negócios no mundo em reconfiguração.  – São Paulo: Integrare Editora, 2012.

KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o desafio dos líderes no relacionamento intergeracional. – 3. Ed. – São Paulo: Atlas, 2017.

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